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O Porto Bacalhoeiro
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O Porto Bacalhoeiro Avenida Marginal |
Paisagisticamente agreste, mesmo nas mais quentes estações do ano, o Porto Bacalhoeiro é porto de abrigo da totalidade da frota bacalhoeira portuguesa dos nossos dias e o principal porto de pesca do largo português. É aqui que é descarregada a totalidade do pescado congelado dos navios que operam no Atlântico Norte, significando isto que todo o "nosso" tradicional bacalhau - o Gadus Morhua, passa todo por aqui.
Na Ria, as 17 pontes-cais acolhem, quando em pausa da atividade pesqueira, os 13 modernos navios-fábrica: o Santa Cristina (1965), o Santa Mafalda e o Lutador (1967), o Joana Princesa (1970), o Brites (1971), o Santa Isabel (1972), o Coimbra (1973), o Aveirense (1974), o Praia de Santa Cruz (1975), o Calvão (1977), o Cidade de Amarante (1990), o Pascoal Atlântico (1992) e o França Morte (2005), alguns outros arrastões de menor dimensão, dedicados, principalmente, à captura de espécies naturais das costas atlântica e pacífica do continente africano, e também o Argus (Polynesia 2), aquele que já foi caracterizado como o navio que conta a história da pesca do bacalhau.
Em terra, na marginal, as empresas, armazéns e fábricas de transformação alimentar do pescado dos armadores da pesca longínqua e antigas secas de bacalhau. Nas imediações, outras unidades industriais de transformação alimentar, dedicadas às conservas, ao sal ou aos crustáceos e moluscos, empresas dedicadas à construção e reparação naval, agentes de navegação e outras, de apoio a todos quanto trabalham nesta área portuária. Existem também serviços associados à atividade piscatória, como a delegação da Direção Regional das Pescas e Agricultura, a AIB - Associação dos Industriais do Bacalhau e um clube de pescadores - o Stella Maris, hoje ligado à formação profissional mas que foi já uma antiga obra de assistência social diocesana aos pescadores. Do passado permanece também, por exemplo, o edifício da Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau (C.R.C.B.).
Historicamente, o Porto Bacalhoeiro "fez-se" essencialmente, pela iniciativa privada e contrariando, em grande medida e até apenas meados do século XX, o envolvimento e investimento estatal nos grandes projetos portuários de Leixões e de Lisboa, e num contexto de quase permanente preocupação com a estabilização da barra da Ria de Aveiro, que em 1808 se fixou artificialmente subsistindo, no entanto, enormes problemas relacionados com a navegação e com a estabilização de correntes e margens, questão de elevada exigência relativamente à atenção e recursos a elas alocados pelas entidades locais e regionais. Esta quase permanente preocupação relegou, para segundo plano, e durante um largo período de tempo, o Porto Bacalhoeiro, cuja atividade económica viria, mais tarde, a justificar a atenção dos poderes públicos e os investimentos portuários, não apenas nesta área do Porto de Aveiro, mas em todas elas.
O Porto Bacalhoeiro é também um lugar com um imenso simbolismo histórico! Os "bota-abaixo" dos navios e embarcações feitos nos estaleiros que aqui existiram - os Estaleiros Mónica, eram ocasiões festivas e de imenso mediatismo nacional, às vezes até com carácter propagandista para o regime de Salazar. As chegadas dos navios bacalhoeiros, numa altura em que as comunicações eram praticamente inexistentes e as viagens ao Atlântico Norte duravam cerca de seis meses ou, pelo menos, até encher os navios com o tão precioso Bacalhau, por vezes em contexto de guerra mundial (em que submarinos alemães torpedeavam inocentes navios de pesca) eram momentos de imensa alegria! O bulício das secas de bacalhau e a movimentação das trabalhadoras, de e para a seca, a pé ou de bicicleta, cantando ou desafiando-se mutuamente, ecoam ainda na memória dos residentes... O Porto Bacalhoeiro transformou, e transforma ainda, quotidianamente, a cidade portuária da Gafanha da Nazaré, mesmo nesta altura em que as atividades portuárias estão já muito vocacionadas para outros setores que não a pesca longínqua. Não existe família, no Município de Ílhavo, que não tenha ainda, ou tenha tido, alguém que andado nesta "Faina Maior" - a pesca do bacalhau.
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